Localizada em Paraty, a implantação desta casa de veraneio em forma de triângulo semiaberto, além do que poderia ser uma resposta óbvia ao formato do lote, também triangular, é, na realidade, a maneira encontrada para absorver o máximo de todos os visuais e condições de luz do terreno. Obedecendo às normas de afastamento, o projeto se volta para o mar e para a serra, sem deixar de também olhar para si mesmo.

Criado um elemento térreo com a maior área frontal possível, um segundo corpo se posiciona perpendicularmente à esse, distribuindo a vista da mata intocada para os dormitórios e, para a suíte master, reservando a varanda que se volta para o mar.  Sendo o único local com pavimento duplo, ele está estrategicamente posicionado para não sombrear os outros espaços e, através do pátio, permitir a fluidez da luz, que marca presença por toda a extensão da sala. 

Os pátios, por sua vez, são importantes vazios que nos lembram da proximidade da natureza. São respiros de convivência que potencializam a absorção dos elementos presentes na arquitetura e nas paisagens do entorno.