Localizada em um terreno bastante esguio, ergue-se um volume linear aberto para o campo de golfe e um pôr do sol singular. Servindo como um anteparo contra o fluxo de moradores que se direcionam para esse campo e auxiliando na manutenção da privacidade dos filhos do casal, um segundo corpo em concreto aparente é descolado do volume principal e posicionado à frente dele. Esse pavilhão configura, sobretudo, um pátio e a promenade entre os blocos.

Além desse recurso, um muro de pedra reforça a intenção de isolamento da casa, trazendo consigo um jardim de inverno para a circulação de acesso aos dormitórios. Paralelamente, na face oposta, um beiral generoso avança, protegendo a área social da luz direta, deixando-a aparecer de maneira surpreendente por meio das aberturas zenitais, caixas de luz coloridas que unidas a um interior de madeira contrastam propositalmente com a entrada sóbria e, por vezes, austera, características que são reflexo natural da materialidade escura e formas mais introspectivas do acesso.